O petista também deu conselho a Dilma sobre o destino de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e coordenador da campanha dela.
Lula gostaria que Palocci chefiasse a Casa Civil e que fosse o chefe da transição da parte do novo governo --função que já cumpriu em 2002.
Foto: UOL.com |
Palocci, que caiu no episódio da quebra de sigilo do caseiro Francenildo, é muito identificado com Lula. Há setores no PT que bombardeiam a ida de Palocci para cargo tão poderoso, sob o argumento de que ele seria uma sombra para Dilma.
Essas alas petistas defendem Palocci na Saúde, mas ele não gosta da ideia.
Se Palocci não for para a Casa Civil, crescem, nessa ordem, as chances de Paulo Bernardo (Planejamento) e de Alexandre Padilha (Relações Institucionais) de ocupar o posto. Bernardo está alguns pontos à frente. Dilma gosta de Padilha, também cotado para ser o novo chefe de gabinete da Presidência.
Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, deve ocupar a pasta dos Direitos Humanos ou outro cargo no Palácio do Planalto, como a Secretaria-Geral.
Um auxiliar direto de Lula avalia que é significativa a possibilidade de Dilma seguir os conselhos do atual presidente. Mas afirma que os dois deverão, publicamente, evitar tratar do ministério porque já ocorrem pressões de petistas e aliados por cargos no novo governo. Ela já disse a auxiliares que não pretende anunciar logo nomes do primeiro escalão.
Numa estratégia de ocupação de espaço, Meirelles prefere ir para um ministério e indicar o sucessor no BC.
O atual presidente do BC defende Alexandre Tombini, diretor de Normas da instituição. A cúpula do PMDB já recebeu pedido de Meirelles para indicá-lo para a Fazenda, mas Dilma resiste. É mais provável que ela peça para Meirelles ficar onde está.
Apesar da sugestão de Lula a favor de Mantega, Dilma também pensa em Luciano Coutinho --atual presidente do BNDES-- para a Fazenda.
O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), coordenador jurídico da campanha, é cotado para o Ministério da Justiça ou para a vaga em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal). Na Petrobras, é dada como certa a manutenção de Sérgio Gabrielli.
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