RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um homem armado invadiu uma escola e disparou contra estudantes, matando 12 pessoas antes de cometer suicídio nesta quinta-feira, na zona oeste do Rio de Janeiro, informou a Polícia Militar.
'Um ex-aluno entrou na escola armado e não se sabe por que ele efetuou os disparos... Tenho informações de 20 feridos e 12 mortos', disse o relações-públicas da PM, coronel Ibis Pereira, a repórteres.
'O homem foi atingido pelo disparo de um policial depois cometeu suicídio com um tiro na cabeça', afirmou a assessoria da polícia.
O Corpo de Bombeiros informou que nove meninas e um menino foram identificados entre os mortos e entre os feridos ao menos 18 são crianças.
O atirador tinha uma carta de despedida e cometeu suicídio após abrir fogo contra alunos da escola, de acordo com a polícia. Os feridos foram levados a hospitais, alguns em estado grave tiveram que ser transportados em helicópteros.
Segundo a polícia, duas crianças feridas pelos disparos conseguiram fugiram do local, encontraram uma viatura policial perto da escola e avisaram que havia um homem armado dentro da escola.
A polícia então seguiu para o local e trocou disparos com o atirador, que estava armado com duas pistolas, uma calibre 38 e outra calibre 32 com bastante munição.
Imagens aéreas ao vivo de TV mostraram pessoas aglomeradas no portão da escola, algumas desesperadas querendo notícias, e a presença de várias ambulâncias logo após o incidente. Policiais também eram vistos no interior e no portão do colégio.
O autor dos disparos seria um ex-aluno, de 24 anos, que entrou na escola Tasso da Silveira no bairro de Realengo afirmando que faria uma palestra, antes de abrir fogo contra os alunos.
Segundo testemunhas que estavam perto do local, houve intensa troca de tiros entre policiais e o atirador. Um vizinho, cujos filhos estudam no colégio, contou que crianças assustadas correram para sua casa, inclusive com ferimentos, pedindo socorro.
'Depois que a polícia chegou a pessoa que estava lá dentro continuou dando tiros. Eram muitos tiros, eu até tentei subir, mas não tinha condições, seria mais uma vitima', disse o homem em entrevista à Globonews.
'Foi um desespero total. Meus filhos estavam no último andar, que graças a Deus não aconteceu nada. Temi pelo pior, você vê as pessoas todas ensanguentadas e seus filhos estão lá dentro também', acrescentou.
(Reportagem de Pedro Fonseca e Rodrigo Viga Gaier)
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