Pacientes com HIV estão novamente às voltas com desabastecimento de remédios para conter a infecção. O atazanavir, droga da Bristol usada por 33 mil pessoas, está em falta em pontos localizados do País. Também foram registradas queixas de falhas na entrega do saquinavir, adotado na terapia de 800 pacientes, e da didadosina, droga usada por 3,7 mil pessoas.
Anteontem, diante dos estoques em baixa do atazanavir, o Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde divulgou nota técnica com orientações para médicos: substituição por outras drogas ou fracionamento da entrega, até a normalização da situação.
Muitos profissionais não esconderam a irritação com a nota, sobretudo pelo fato de não haver no documento uma justificativa para a falta do remédio. 'O atazanavir é um medicamento importante. A substituição muitas vezes significa mais reações adversas e, sobretudo, um aumento de risco de abandono do tratamento pelo paciente', disse o presidente da Regional do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Cunha.
Entre organizações não governamentais de pacientes, a reação também foi bastante negativa. 'Esse problema está se tornando rotina. Em 2010, também no início do ano, registramos desabastecimento de medicamentos. Agora, a situação se repete. Isso traz um desgaste muito grande para quem está sob tratamento. A última coisa que o paciente precisa é de um ambiente de incerteza', disse o presidente do Fórum de ONGs de Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro.
Fonte: Estadão
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